FLORA ASSUMPÇÃO
Artista de família paulista, nasceu no sul de MG. Formação artística em São Paulo na ECA-USP (Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo).
Vive e trabalha entre Recife-PE, Petrolina-PE, Juazeiro-BA e São Paulo-SP (onde faz pesquisa de pós-doutorado na UNESP), mantendo ateliê no sul de MG, no Recife e em Petrolina.
| @flora.assumpcao
Artista doutora (2019), mestre (2014) e graduada em artes visuais, com Habilitação em gravura (2008) no Departamento de Artes Plásticas da ECA-USP, com Bolsas FAPESP e CAPES.
Em 2018 foi pesquisadora visitante na Universidad Autónoma de Barcelona (UAB-Espanha).
Atualmente é professora de artes visuais na graduação da UNIVASF (Universidade Federal do Vale do São Francisco) e no mestrado em artes visuais da UFPE-UFPB.
Desde 2002 pratica diversas técnicas e linguagens, tais como desenho, pintura, gravura, fotografia, objetos, instalações e intervenções arquitônicas/urbanas. Investiga a relação do corpo com as escalas da miniatura e da arquitetura.
Trabalha com temáticas relacionadas ao elemento natural e ao fantástico (sobrenatural), numa tentativa de reflexão sobre a atuação do humano diante do mundo natural. A natureza aparece na forma de criaturas (principalmente pequenos seres marinhos, répteis e plantas) e fenômenos naturais (como neblinas, tempestades, furacões, mares, nuvens, desertos, vulcões e luar) sob uma atmosfera misteriosa, insólita e fantástica trazida de lendas, mitos e contos populares do Brasil e do mundo. Este é um artifício para abordar outros assuntos além do que a situação ficcional apresentada propõe (assim como o fazem os contos de fadas e lendas). O humano aparece na relação visual estabelecida entre o corpo dos animais e o modus operandi dos fenômenos naturais com os mecanismos (máquinas) criados pela humanidade, em alusão à ideia de inevitabilidade da máquina artificial em copiar os mecanismos da natureza, pois todos os princípios foram criados antes pela natureza.
Em síntese, sua pesquisa artística se organiza através de 3 eixos:
- O mito (crendices populares e folclore) e a religião são a forma inicial da humanidade se relacionar com a natureza e o mundo no intuito de tentar compreendê-los, motivados muitas vezes pela busca de soluções para tranquilizar nossos medos e anseios;
- A ciência faz o mesmo, porém com uma pretensão de objetividade e precisão/exatidão, de verdade absoluta;
- A literatura (principalmente o realismo mágico/fantástico, os contos de fadas e as fábulas) bebe nas 2 fontes anteriores, racionalizando e organizando mesmo quando nitidamente trilha pelo campo da mitologia e da espiritualidade.
Recebeu os prêmios FUNARTE Arte Monumento Brasil2016, Prêmio SESI de Ocupação Artística (2013-14), Prêmios ArteRef de Arte Contemporânea (2013), 1° Prêmio no 10° Salão Elke Hering, Blumenau-SC (2012), Prêmio Destaque do Júri no 16° Encontro de Artes Plásticas de Atibaia (2007) e o 1° Prêmio Nascente 12 (2002). Em 2014 foi indicada na categoria Melhor Exposição do Ano pelo Guia Folha de São Paulo e em 2010 foi finalista do Prêmio EDP Energias na Arte.
Realizou exposições individuais no Museu da Energia (SP), na Galeria Janete Costa e no MAMAM (ambas em Recife-PE), na Pinacoteca de Maceió-AL, na Galeria Emma Thomas (SP) e na Oficina Cultural Oswald de Andrade em São Paulo.
Possui obras em acervos institucionais no Brasil, Portugal, Espanha e China. Tem trabalhos publicados em diversos catálogos de exposições e revistas de arte.
Participou de exposições coletivas no Centro Universitário Maria Antônia (USP), Paço das Artes, CCSP, MAC-USP, Instituto Tomie Ohtake, Galerias Emma Thomas, Vermelho e Gravura Brasileira, etc. Expôs em mostras coletivas e salões de arte em diversas cidades no Brasil, EUA, Portugal, Japão e Argentina, tais como: Salão Luiz Sacilotto em Santo André (2003, 2015 e 2016), Belém (ArtePará 2010 e 2014), Salão de Abril em Fortaleza-CE (2011), Itajaí-SC (12° SNAI-2010), Piracicaba-SP (42°SAC), Atibaia-SP (2003, 2004 e 2007), Bienal de Gravura do Olho Latino (Atibaia-SP), Belo Horizonte-MG, Vitória-ES, Porto Alegre-RS, (BELA Print 2013) no Enokojima Centre for the Creative Arts, em Osaka, Japão e da Bienal Sudamericana de Grabado y Arte Impreso Rio/Córdoba (2014-15), e 9th International Printmaking Biennial Douro (2018) e 3rd Global Print (2017), ambas em Portugal.
2019|2020 - Trepante II com Serpentes Azuis I e II
2018 - Trepante | Cativa [A natureza da natureza]
2008|2020 - Suíte Azul [ou provérbios azuis]
2014|2018 - Criaturas Híbridas II + Serpentes Negras [revisitadas]
2014|2017 - Herbário | Pequenas Naturezas
2014|2016 - A Natureza da Natureza | Piscina [Troféu-Monumento]
2013|2014 - Criaturas Híbridas | Drusa | Rabo de Lagarto | Super-Piscina
2013 - Fósseis | Animais Simbióticos | Engrenagens | Spectro I a XII
2013 - Montanha Construída | Pequeno Compêndio das Tormentas
2011|2013 - Piscinas I a IV | 2013 - Serpentes Negras I a III
2012 - Largas y Transparentes
2012 - Serpentes Fantasmas | Casulo [das Criaturas Fantasmas]
2011 - Óbidos, das Serpentes Reencarnadas | Jaula
2011 - Serpentes Reencarnadas II | As Criaturas dos Espelhos [depois de Borges]
2011 - Serpentes Reencarnadas | A Serpente Verde [depois de Goethe] | Colisão
2010|2014 - Desfiladeiros, do Projeto Vertigem do Mar
2010 - Serpentes de Prata II | Serpentes de Prata II, V e VI | Serpentes de Prata I
2010 - The Turn of the Screw | Serpentário | Serpentário II
2008|2010 - Serpentes de Prata