2020 | Olívia Mindêlo - Natureza, cultura e criação
2018 | Yohana Junker - Cativa [A Natureza da Natureza]
2018 | Icaro Ferraz Vidal Junior - Da artificialidade da natureza, da naturalidade do artifício
2014 | Lucas Oliveira - Miragens
2014 | Marco Buti - multiplicação e miopia 2
2014 | Entrevista para Marcio Oliveira Fonseca
2014 | Entrevista para a Revista Graciliano - Alagoas
2013 | Prêmio Arte Ref Entrevista com a artista da semana
2011 | Lucas Oliveira - Desenhadora
2011 | Stefanie Hessler - Of Snakes, Mythology and Aby Warburg
2011 | Entrevista ao site Colherada Cultural
2011 | Fabiano Calixto - verde azul amarelo rosa e branco
2011 | Francesca Cricelli - poemas para obras da exposição
2010 | Diálogo de Flora Assumpção com Marco Buti
2010 | Perguntas do Instituto Tomie Ohtake aos artistas selecionados para o Prêmio Energias na Arte
FABIANO CALIXTO SOBRE A OBRA DE FLORA ASSUMPÇÃO
2011
Verde azul amarelo rosa e branco
¨ ária: vivo, volve: alvo em alta alvura: entra, penetra, espelha mil ilhas nas pupilas: orbita como quem espalha o olho pelo espelho: adentra: pés, mãos, unhas, articulações: caminha: olhos, lábios: presságio epifania: duplo doublet: medo à capela. Solta, desata, amarra & agarra. Terra nos olhos: planeta água – dinâmica. A serpente que cria, a serpente que cala. Verde azul amarelo rosa e branco. Movimenta-se – infinito círculo: nos seios dos séculos os ciclos: ciclos: ciclos: Bemsemsomsolsalmal: Céucemcomcordordarmar: urgência-regência – ao movimento. Mo-ver-se: onde: areia concretiça: a arquitetura faz frente e afronta ao frontda mente: que responde ao inventar um épico Blake a encher o estômago da neblina faminta que povoa a floresta: uma outra: uns: outros olhos abertos: anarquitetura: textura: poéticas. Ainda: olho do furacão. Ou: um ensaio sobre a modulação, ossatura, simetria, tessitura: casamentos perfeitos: rimas que embebedam as línguas: que se enxugam-excitam umas às outras: como serpentes aninhadas: alojadas no jogo sexo-semântico: céu & hell. A língua: a língua: livro de som & saliva: cedo ou tarde: (de Vênus ou Marte): das profundezas da alma da carne: à capela: a poesia (vinho da vida) desabotoará o vestido do tempo: deixando escapar a libido eterna: fazendo a chuva cair na terra: extrai corais: extrai pérolas: & com a ira das íris d’Osíris: arco-íris. Moenda de escamas geométrica: sob um céu opala que (a todos os olhos): mandala. Ou: diagramas de cacos de vidro: à saída revolta: encapelado. A serpente sedenta sorve o céu: o céu cede, sedento, à serpente: sem cessar, a serpente sorve o céu que a serve: o céu que serve cede à sede da serpente que o sorve: a serpente sedenta sorve o céu. O bote de uma ária no último músculo do crepúsculo: serpentário: serpentária:
Fabiano Calixto